quinta-feira, 22 de setembro de 2022

Escrever

Tinha 12 anos quando ganhei de meu pai um livro de fábulas com ilustrações coloridas, do escritor Félix Maria de Samaniego, espanhol do século XVIII, famoso por escrever fábulas cujo final tem "moral da história".

Adorei e me cativaram a tal ponto que comecei a escrever pensamentos. Depois ganhei um diário de vida de meu pai e comecei a anotar minhas impressões do dia. Aí pensei: por que em vez de escrever no diário, escrever melhor histórias curtas? Então comecei a escrever contos. Esses contos são baseados em histórias reais e motivados por emoções do dia-a-dia.

Lancei meu primeiro livro em 2008, uma fábula infantil chamada "O Condomínio", nessa história os pássaros vivem numa árvore e se apresentam como num grande condomínio em que os vizinhos devem respeitar o espaço de cada um. Fatos engraçados acontecem.

Posso dizer que a vida do escritor independente não é fácil porque ele mesmo se produz, vende seus livros e se promove. Devido a isso, criei junto com meu marido, também escritor, José Reginaldo Galão, a GAPLA Edições.

Mas, vou começar a escrever minhas impressões do dia e o passo-a-passo para se tornar um bom escritor e vender seus livros, além de escrever minhas poesias e contos.

Beijos.

domingo, 3 de julho de 2022

Sensação

Suave sensação,

carne desfrutável,

acidez adocicada

que se deixa mastigar.

Viajo nas sensações

do esmagar palatal.

Delícia outonal

ao findar de uma

cálida estação,

ficarei a te aguardar

com a doce ilusão

de voltar a te esmagar,

doce uva do verão.

sexta-feira, 18 de junho de 2021

Nesta manhã

 Bem te vi!

Bem te vi!

Digo eu

ao raiar o dia,

com amor e alegria

nesta manhã de frio outonal.

O inverno bate na porta

frio intenso,

sul do Brasil.

Amor, amor,

clamo por você,

sentado ao meu lado

a debater as normas

da grafia.

Mundo,

belo mundo

que se apresenta

neste meio do ano,

ainda pandêmico,

semi vacinado.

sábado, 6 de março de 2021

Neste mundo

 Emprestados

neste mundo,

de vales e mares,

vejo a vida passar,

paisagens,

pássaros,

pessoas,

abraços,

toques de amor.

Não somos de aqui.

Quando partir,

tudo seguirá 

igual.

Os pássaros a cantar

na madrugada,

no findar da tarde,

o mar a bater 

nas areias da praia.

As árvores,

a terra a girar,

e o infinito

sem parar.

O que somos?

Nada,

tudo,

para alguém.


terça-feira, 2 de março de 2021

Entranhas da alma

 O vento,

as gotas de chuva

na terra

que entram

nas entranhas d'alma.

Som a invadir

a oitava dimensão

do som

no meu cérebro.

Brisa fria

a refrescar

a estampa do ser

colado na parede

para não 

se molhar.

Fast food

 Apresento a minha crônica que participou do Primeiro Concurso de Crônicas da Academia Internacional da União Cultural alcançando a Menção Especial  na categoria Acadêmicos Efetivos.

Fast food

Depois de ter passado uma manhã interessante com amigos e crianças no centro da cidade, decidimos todos ir “almoçar” no MacDonalds. Bom. Na verdade, fui voto vencido. Eles queriam coisa rápida, um lanchinho e eu, preferia um prato com arroz, feijão, farofa e uma cervejinha. Nada contra o capitalismo e tudo que envolve a política de consumismo que os locais de “fast food” envolvem. Ao chegarmos no local constatamos a fila enorme e o local cheio. Não havia opções de pratos de comida. Para meu desalento, só via caixinhas quadradas sendo entregues para o consumidor. Quanto maior o nome do prato, menor era a caixinha. Eu estava com fome. Na minha vez, pedi um mega sanduíche com carne e saladas, maionese e cebola, uma mega porção de batatas fritas e uma mega coca-cola. Meus colegas, uma minúscula panqueca que parecia gostosa e que devoraram enquanto eu tentava dar a primeira mordida do meu mega sanduíche que se desfazia entre minhas mãos. Não posso negar que o molho e a salada faziam uma bela combinação e muito gostosa ao paladar. Sei que existe muita gente com fome no mundo e que ficariam satisfeitos com aquele meu prato escolhido. Mas, posso dizer que a carne tinha gosto de papel. Após muita luta, consegui acabar com tudo, menos com a coca-cola e tive que pedir ajuda para liquidar com ela. A minha sensação de “estufamento” foi terrível quando saímos do local. A pesadez que eu tinha era a de querer chamar o “hugo” desesperadamente. Voltamos para casa de aplicativo e a cada lombada ou buraco que passávamos parecia que daria vexame e deixaria meus amigos com vergonha de mim. É incrível como o mercado de produtos de rápido consumo se proliferou enormemente e como faturam essas empresas de alimento em caixinha. Fazendo uma rápida análise, penso que o que leva essas pessoas a querer entrar nesses locais sejam mesmo as caixinhas e a praticidade de comer tudo com a mão, sem precisar de garfo e faca. Tudo é descartável, rápido e sem compromisso. Para quem gosta de salada, posso dizer que o alface e o tomate que achei no meio do molho,estavam fresquinhos. Quanto à minha "pesadez", diria que tudo ficou bem assentado depois da longa ida para casa, pela estrada da SC 401.

domingo, 21 de fevereiro de 2021

A Refletir

 A boneca chorava,

a borboleta flutuava,

a fadinha acompanhava.

Fada,

boneca,

borboleta,

suaves gestos

a dançar

num jardim de vidro.

Varinha mágica,

sol brilhante

e todo a florescer

e refletir

sua luz,

nos dias

de pandemia.

A luz do teu cantar

Braços que andam pelo braço da viola. Dedos que apertam e ferem as notas soltas do teu olhar, do teu sentir. És tu amor olhar ...