Suave sensação,
carne desfrutável,
acidez adocicada
que se deixa mastigar.
Viajo nas sensações
do esmagar palatal.
Delícia outonal
ao findar de uma
cálida estação,
ficarei a te aguardar
com a doce ilusão
de voltar a te esmagar,
doce uva do verão.
Escritora nascida no Chile, naturalizada brasileira. Presidente da Associação Literária Letras no Jardim.
Suave sensação,
carne desfrutável,
acidez adocicada
que se deixa mastigar.
Viajo nas sensações
do esmagar palatal.
Delícia outonal
ao findar de uma
cálida estação,
ficarei a te aguardar
com a doce ilusão
de voltar a te esmagar,
doce uva do verão.
Bem te vi!
Bem te vi!
Digo eu
ao raiar o dia,
com amor e alegria
nesta manhã de frio outonal.
O inverno bate na porta
frio intenso,
sul do Brasil.
Amor, amor,
clamo por você,
sentado ao meu lado
a debater as normas
da grafia.
Mundo,
belo mundo
que se apresenta
neste meio do ano,
ainda pandêmico,
semi vacinado.
Emprestados
neste mundo,
de vales e mares,
vejo a vida passar,
paisagens,
pássaros,
pessoas,
abraços,
toques de amor.
Não somos de aqui.
Quando partir,
tudo seguirá
igual.
Os pássaros a cantar
na madrugada,
no findar da tarde,
o mar a bater
nas areias da praia.
As árvores,
a terra a girar,
e o infinito
sem parar.
O que somos?
Nada,
tudo,
para alguém.
O vento,
as gotas de chuva
na terra
que entram
nas entranhas d'alma.
Som a invadir
a oitava dimensão
do som
no meu cérebro.
Brisa fria
a refrescar
a estampa do ser
colado na parede
para não
se molhar.
Apresento a minha crônica que participou do Primeiro Concurso de Crônicas da Academia Internacional da União Cultural alcançando a Menção Especial na categoria Acadêmicos Efetivos.
Fast food
Depois de ter passado uma manhã interessante com amigos e crianças no centro da cidade, decidimos todos ir “almoçar” no MacDonalds. Bom. Na verdade, fui voto vencido. Eles queriam coisa rápida, um lanchinho e eu, preferia um prato com arroz, feijão, farofa e uma cervejinha. Nada contra o capitalismo e tudo que envolve a política de consumismo que os locais de “fast food” envolvem. Ao chegarmos no local constatamos a fila enorme e o local cheio. Não havia opções de pratos de comida. Para meu desalento, só via caixinhas quadradas sendo entregues para o consumidor. Quanto maior o nome do prato, menor era a caixinha. Eu estava com fome. Na minha vez, pedi um mega sanduíche com carne e saladas, maionese e cebola, uma mega porção de batatas fritas e uma mega coca-cola. Meus colegas, uma minúscula panqueca que parecia gostosa e que devoraram enquanto eu tentava dar a primeira mordida do meu mega sanduíche que se desfazia entre minhas mãos. Não posso negar que o molho e a salada faziam uma bela combinação e muito gostosa ao paladar. Sei que existe muita gente com fome no mundo e que ficariam satisfeitos com aquele meu prato escolhido. Mas, posso dizer que a carne tinha gosto de papel. Após muita luta, consegui acabar com tudo, menos com a coca-cola e tive que pedir ajuda para liquidar com ela. A minha sensação de “estufamento” foi terrível quando saímos do local. A pesadez que eu tinha era a de querer chamar o “hugo” desesperadamente. Voltamos para casa de aplicativo e a cada lombada ou buraco que passávamos parecia que daria vexame e deixaria meus amigos com vergonha de mim. É incrível como o mercado de produtos de rápido consumo se proliferou enormemente e como faturam essas empresas de alimento em caixinha. Fazendo uma rápida análise, penso que o que leva essas pessoas a querer entrar nesses locais sejam mesmo as caixinhas e a praticidade de comer tudo com a mão, sem precisar de garfo e faca. Tudo é descartável, rápido e sem compromisso. Para quem gosta de salada, posso dizer que o alface e o tomate que achei no meio do molho,estavam fresquinhos. Quanto à minha "pesadez", diria que tudo ficou bem assentado depois da longa ida para casa, pela estrada da SC 401.
A boneca chorava,
a borboleta flutuava,
a fadinha acompanhava.
Fada,
boneca,
borboleta,
suaves gestos
a dançar
num jardim de vidro.
Varinha mágica,
sol brilhante
e todo a florescer
e refletir
sua luz,
nos dias
de pandemia.
Braços que andam pelo braço da viola. Dedos que apertam e ferem as notas soltas do teu olhar, do teu sentir. És tu amor olhar ...