Apresento a minha crônica que participou do Primeiro Concurso de Crônicas da Academia Internacional da União Cultural alcançando a Menção Especial na categoria Acadêmicos Efetivos.
Fast food
Depois de ter passado uma manhã interessante com
amigos e crianças no centro da cidade, decidimos todos ir “almoçar” no
MacDonalds. Bom. Na verdade, fui voto vencido. Eles queriam coisa rápida, um
lanchinho e eu, preferia um prato com arroz, feijão, farofa e uma cervejinha.
Nada contra o capitalismo e tudo que envolve a política de consumismo que os
locais de “fast food” envolvem. Ao chegarmos no local constatamos a fila enorme
e o local cheio. Não havia opções de pratos de comida. Para meu desalento, só
via caixinhas quadradas sendo entregues para o consumidor. Quanto maior o nome
do prato, menor era a caixinha. Eu estava com fome. Na minha vez, pedi um mega sanduíche
com carne e saladas, maionese e cebola, uma mega porção de batatas fritas e uma
mega coca-cola. Meus colegas, uma minúscula panqueca que parecia gostosa e que
devoraram enquanto eu tentava dar a primeira mordida do meu mega sanduíche que
se desfazia entre minhas mãos. Não posso negar que o molho e a salada faziam
uma bela combinação e muito gostosa ao paladar. Sei que existe muita gente com
fome no mundo e que ficariam satisfeitos com aquele meu prato escolhido. Mas,
posso dizer que a carne tinha gosto de papel. Após muita luta, consegui acabar
com tudo, menos com a coca-cola e tive que pedir ajuda para liquidar com ela. A
minha sensação de “estufamento” foi terrível quando saímos do local. A pesadez
que eu tinha era a de querer chamar o “hugo” desesperadamente. Voltamos para
casa de aplicativo e a cada lombada ou buraco que passávamos parecia que daria
vexame e deixaria meus amigos com vergonha de mim. É incrível como o mercado de
produtos de rápido consumo se proliferou enormemente e como faturam essas
empresas de alimento em caixinha. Fazendo uma rápida análise, penso que o que
leva essas pessoas a querer entrar nesses locais sejam mesmo as caixinhas e a
praticidade de comer tudo com a mão, sem precisar de garfo e faca. Tudo é
descartável, rápido e sem compromisso. Para quem gosta de salada, posso dizer
que o alface e o tomate que achei no meio do molho,estavam fresquinhos. Quanto
à minha "pesadez", diria que tudo ficou bem assentado depois da longa
ida para casa, pela estrada da SC 401.